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novembro
12
O consumidor quer saber de onde vem o alimento que ele consome
“Somos ótimos para produzir e péssimos para contar nossas histórias.” Foi com essas palavras que o presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio – ABMR&A, abriu o 12º Congresso Brasileiro de Marketing Rural e Agronegócio, que aconteceu no dia 25 de setembro de 2015, em São Paulo-SP.
Esse foi o tom do discurso de praticamente todos os palestrantes: o agronegócio precisa urgentemente se comunicar com a extremidade final da cadeia produtiva, que é o consumidor. Palestrantes de alto nível, como o Prof. José Luiz Tejon, uma autoridade no meio comunicacional do agronegócio foi enfático ao falar que “se não vendermos a ciência, seremos ultrapassados pelo obscurantismo ideológico”.
Enquanto as publicações segmentadas, especializadas em agricultura, pecuária, cadeia da proteína, avicultura, agroflorestais e demais culturas publicam páginas e páginas de artigos técnicos dirigidos a seus pares, a grande mídia está cheia de ativistas espalhando mitos e desinformação, transformando o agronegócio em vilão de todos os males do planeta. As entidades de classe e associações precisam dar uma resposta à sociedade, mostrar o que fazem e principalmente como fazem. O consumidor de hoje quer saber de onde vem o alimento que ele consome e se a cadeia do agronegócio não der essa resposta, outros darão, distorcendo os fatos conforme sua doutrinação ideológica.
A pesquisa Brasil Food Trends 2020, realizado pelo ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos) e FIESP em 2010, detectou hábitos e tendências de consumo para até 2020 e dá um panorama claro do que estamos lidando. Um dos dados mede o nível de conhecimento dos consumidores em relação a alguns termos apresentados. Enquanto para o termo “Orgânicos”, 18% conhecem bem e 33% conhecem um pouco, o termo “Rastreabilidade”, tão importante na cadeia produtiva do agronegócio, somente 3% conhecem bem e 59% não conhecem e nunca ouviram falar. Isso mostra o óbvio: não está se falando nada para quem vai consumir os produtos e que cada vez mais buscam informações. O consumidor está mais exigente e os grupos de consumo de alimentos orgânicos e naturais só crescem. Dentre o segmento chamado LOHAS (seguidores de um estilo de vida saudável com sustentabilidade), que já chega a 19% nos EUA, segundo o ITAL, 71% deles possuem tendência ao ativismo e acreditam que podem alterar os meios de produção por meio do favorecimento de determinados produtos e boicote a outros. Já não dá mais pra dizer “não vendo para o consumidor final e não tenho nada a dizer para ele”. Em algum momento, toda a cadeia vai ser impactada e já estamos atrasados para tomar medidas.
Quando uma pergunta foi feita por alguém da plateia para o Prof. José Luiz Tejon, indagando por onde começar, ele foi direto ao ponto: quando a sua companhia estiver elaborando o planejamento estratégico, coloque lá um item para comunicação institucional e destine uma parcela da verba para isso. Já é um bom começo. Depois procure profissionais para elaborar e executar um plano de comunicação. Caso isso não seja possível por motivos vários, procure seus representantes de classe e proponha discussões e ações a respeito. O que definitivamente não dá mais é continuar ignorando um consumidor cada vez mais engajado e formador de opinião.
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